Sempre a elegi como aquela que nos oferece o primeiro e o
último dos prazeres.
Por ela, o primeiro prazer após a vida, o gozo pelo alimento
da origem, a seiva da maternidade em seio, na sua função natural, realizada com
ou sem o afeto, instintivamente. Do último, o alimento do condenado a finitude
dos prazeres outros, guarda nela em sabores, os acontecimentos de quem só
espera.
Hoje, após as declarações de um ator internacionalmente polêmico,
volto à sua atenção, e ao seu valor de importância, acrescentando de que também
se adoece por ela e com ela. Proponho-a, como substituta para o lugar do coração,
em encantamentos e desilusões, por seu ato em participar da ação na origem, e porta
voz das palavras em seu mais alto grau de semelhança. Com ela vivemos as
delícias e maravilhas dos sabores, se adoece dos prazeres e dos dizeres e se
morre literalmente. Pulsando agora só a BOCA, em silêncio.